quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Melhor título público para outubro de 2012

A queda expressiva dos juros futuros em todos os prazos, antes do Copom e referendada pelo Comitê, trouxe ganhos expressivos para quem apostou nos prefixados. Foi uma aposta relativamente arriscada, mais baseada em informações de mercado do que em fundamentos econômicos. O vazamento do voto de uma dos diretores, uma semana antes, referendou a pressão baixista da Selic e calou os economistas. A queda de braço se repete agora, com a Selic para janeiro de 2013 abaixo de 7,10, indicando que boa parte do mercado projeta a taxa a 7,0%. De novo, dissenso com os economistas em uníssono quando a manutenção em 7,25 nas próximas reuniões. É bem possível que o Banco Central esteja seguindo o mercado — tal atitude não é novidade em nossa terra, por mais estranho que possa parecer. Nesse caso, os fundamentos econômicos são pouco úteis para fazer prognósticos e o que conta é a força especulativa de quem está próximo ao poder.
Não há mais almoço grátis nas NTN-Bs. Há quem especule pelo achatamento da curva para os prazos mais dilatados, mas mesmo os juros para janeiro de 2015 já estão abaixo de 8,0. Para além desse ano, a eleição presidencial, mesmo que previsível, pode trazer turbulências que não justificam uma curva tão baixa. Enfim, em minha opinião, para o pequeno investidor, especular não vale o risco. O melhor é se refugiar nas LFTs e dormir sem pesadelos. Quem quiser especular, prefira os títulos mais longos, de vencimento em 2020 em diante, que se valorizam com o prolongamento da crise mundial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário