quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Carteira recomendada para agosto de 2014

A média do retorno das carteiras (aquelas compiladas pelo Valor Econômico) tem perdido do Ibovespa esse ano. Tal resultado é um pouco desalentador e favorece os preguiçosos espertos que desistem de tentar bater o mercado e aceitam o índice. Não à toa muitos recomendadores se arrependeram e fizeram as pazes com a Petrobras. Consta até mesmo nas conservadoras Ativa e Souza Barros.
Algumas observações são importantes. Depois de levar porrada em julho, a BB Investimentos resolveu mudar toda a carteira e agora busca o Ibovespa descaradamente, com Vale, Petro, Itaú, Marfrig e, a surpresa, Gol.
A XP não voltou mais às aloprações de 2013 e mantém a pegada leve com Cielo, Itaú, Randon, Estácio e BB Seguridade. Se for mal, pelo menos está na maré.
A Geração Futuro, que é a campeã do ano até agora, com larga vantagem, manteve sua carteira, distribuída em Klabin, Raia, Cetip, BB Seg., e Estácio. Praticamente uma carteira de mercado interno, mesmo com a economia em declínio, mas de característica defensiva, podendo responder inversamente às variações píbísticas. Com a economia morna, é estranho ainda ver ABEV3 (SLW), PCAR4 (Citi) e HYPE3 (Bradesco), papéis tão dependentes das expectativas brazucas. A maioria das corretoras expurgou tais ações para agosto.
As telefônicas sumiram da praça. Só entrou a TIMP3 na Planner, mesmo assim esperando por boas notícias temporárias. Também foram varridas as empresas ligadas ao mercado imobiliário e ao setor elétrico. O impressionante é a força das ações ligadas ao mercado financeiro. Da carteira do Valor de 10 ações, 5 são do setor: relembrando, Itáu, Bradesco, BB Seg., Valid e Cielo. Isso mostra medo do mercado externo, temor da chamada política industrial brasileira e atenção aos desmarcos regulatórios.
Perder do Ibovespa e ainda ficar negativo (como metade das carteiras) é como fazer um gol contra. Pra evitar o vexame, o melhor é seguir esta estranha correnteza desse período pré-eleitoral.

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