quarta-feira, 16 de maio de 2012

Euro derretendo

Enfim, agora é pra valer. Se antes a saída da Grécia era a típica aposta de cara ou coroa, 50/50, agora o cenário é outro. Quando o próprio presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, admite a possibilidade da Grécia cair fora, para preservar a integridade do balanço contábil, quer dizer que a queda de braço política torceu o braço grego. Não parece em nada com uma ameaça, mas com um aviso de novos tempos e arranjos políticos frescos e inovadores.
A saída da Grécia ficou mais fácil de implementar do que sua permanência, ainda mais emergindo partidos marginais que por certo não apoiarão mais austeridade. Conhece-se, em algum grau, o preço da saída da Grécia, mas não se sabe o preço da continuidade de uma política econômica insana e desequilibrada.
Temos um mês até as eleições gregas, em 17 de junho. É o teste de fogo do euro, agora em 1.2717. É difícil imaginar qualquer ação que recupere a credibilidade da moeda europeia nesse próximo mês. Além disso, cedo ou tarde a paella vai estragar de vez e causar indigestão nos mercados. A Espanha tem se aproveitado do bode expiatório grego. Notícias positivas, no campo europeu, nos próximos meses, são pausas pro descanso da descida do morro EUR/USD.

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