segunda-feira, 21 de maio de 2012

Vendas do Tesouro Direto em abril de 2012

Sexta-feira a STN divulgou o resultado do Tesouro Direto. Não há novidades. A venda de títulos atrelados ao IPCA continua predominando, com 64,2% (em fevereiro era de 65,6%). E continua forte a preferência por títulos com prazos maiores de 5 anos, 56,8%, no mesmo patamar dos meses anteriores.
Títulos mais longos significam maior exposição ao risco. O título mais seguro, a LFT, não encanta o mercado. Isso significa que boa parte dos investidores do Tesouro Direto não buscam segurança, mas risco/rentabilidade. Não sei até que ponto eles realmente sabem o risco que estão correndo. Boa parte sabe, sem dúvida. As recompras são utilizadas por eles, que mudam suas carteiras conforme a conjuntura. Muitos não são investidores que casarão com esses ativos de longo prazo, parece. O volume de recompras correspondeu a 37,1% do volume de vendas.
De qualquer forma, cumpre adiantar que há pouco espaço para rentabilidades extraordinárias como a de 45,1% nos últimos 12 meses, da NTN-B Principal com vencimento em 15/05/2035. Os títulos de curto prazo já estão trabalhando com uma taxa de juros no patamar de 8,25% (LTN 010114, a 8,30% a.a.).
Quem quer especular com os títulos de longo prazo a dica é não perder de vista nossos dados internos. Inflação, para justificar maiores juros, já possuímos. Só falta nossos indicadores de produtividade industrial reagirem.

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