sexta-feira, 2 de março de 2012

LTN ou LFT?

Saiu na Infomoney, reportagem de Diego Borges sobre a fuga de investidores da LFT. Tombini de fato tem anunciado mais quedas da taxa Selic, para patamares de um dígito. A expectativa subjacente, ao menos em tese, é de que a inflação baixe. Como a atividade econômica vai "mais ou menos", é bem provável que voltemos à meta cedo ou tarde. O país de crescimento bombado ficou para trás, ao que parece.
O problema é que as LTNs já embutiram a queda dos juros e da inflação, como era de se esperar. A LTN com vencimento em 01/01/2013 rende apenas 9,3%, apostando numa queda rápida da Selic ao longo do ano. Com vencimento em 01/01/2016, o rendimento é de 10,8%. Penso ser esse o melhor negócio. A NTN-B (IPCA) com vencimento em 15/05/2015 paga somente 4,4% — uma projeção de inflação embutida em torno de 6%.
Às crises dos anos 90 respondíamos com taxas de juros altas. Às crises recentes, a regra é baixar as taxas de juros. As taxas de juros brasileiras só aumentarão se o crescimento bombar novamente. Não vejo espaço para taxas de crescimento de 6% a 7%, que poderiam impulsionar a inflação.
Sempre existe o risco da inflação sair do controle razoável. Aconteceu na Argentina, pode acontecer por aqui. Mas é um processo relativamente lento, que não comprometeria radicalmente os ganhos com as LTNs.

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