segunda-feira, 5 de março de 2012

Mais um escândalo de manipulação de resultados: o caso húngaro

Há quatro dias, um dirigente de futebol húngaro se jogou pela janela de seu prédio, decepcionado com o envolvimento de jogadores de seu time da segunda divisão na manipulação de resultados.
A corrupção entre jogadores é dolorosa para o torcedor do time. Você paga um ingresso caro, acompanha as notícias, investe emocionalmente, compra camisas, bandeiras e canecas. E nem sabe que parte daqueles que você apoia irão entregar os jogos por pequenas quantias. No caso húngaro, os valores envolvidos variavam de 500 a 2.500 euros.
Por vezes se culpa a indústria de apostas. Mas isso é o mesmo que culpar a indústria automotiva e as joalherias pelos roubos de carros e joias. A indústria de apostas esportivas só perde com a corrupção dos jogadores: quem irá apostar no desempenho de um time se você não tem conhecimento do que acontece por baixo dos panos?
Punir os corruptores (os ativos, os apostadores), no caso das apostas, é difícil. A maioria deles vive na Ásia e, como os negócios de apostas são internacionais, é muito complexo enquadrá-los na justiça. Bem mais fácil é punir, com rigor e agilidade, os jogadores que se deixaram corromper, banindo-os do esporte. É o mínimo de respeito aos torcedores.

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