terça-feira, 27 de março de 2012

Quando dar all-in em suas apostas

Nunca vá de all-in.
Li, em fóruns nacionais, muitos argumentando que um all-in de vez em quando é bom. Eu não tenho dúvidas, é sempre ruim. Apostar todo seu bank roll é a prova cabal de seu desequilíbrio enquanto apostador. Há quem diga que o tamanho das apostas só deve ser de 5% ou de 20%. Nos meus cálculos, é de aproximadamente 12%. Mas não é fácil cumprir com o pré-estabelecido quando se está perdendo. Quando estamos ganhando, é confortável apostar 12%, porque o nível absoluto da aposta cresce e nossa auto-estima e prazer com a jogatina acompanha o crescimento.
É gostoso sentir que o valor apostado aumenta: R$ 10,00, R$ 11,00, R$12,00 e assim por diante. Mas é muito penoso quando perdemos. É aí que necessitamos provar que temos dureza mental e confiar no caminho ótimo das apostas. É difícil porque vai contra a intuição e nossos instintos. Quando perdemos, queremos recuperar as perdas o mais rápido possível. Queremos nos livrar de uma situação que nos envergonha e ameaça nosso orgulho de vitorioso. Parece natural apostar mais para ganhar mais e com isso repor aquela aposta perdida.
Apostar mais após perder traz um erro adicional, além do mal gerenciamento da conta. Nosso desempenho varia ao longo do tempo. Se perdemos, isso pode significar que estamos em uma má-fase, talvez uma sequência de azares, mas possivelmente uma queda real de desempenho. Observe que queremos apostar mais mesmo quando os resultados podem indicar que não estamos bem. Ora, o correto nesses casos seria diminuir as apostas ou até deixá-las por um tempo, até que você recupere um estado de bom desempenho.
Se alguém adora os all-ins e não abre mão deles, a minha dica é que só o faça quando estiver numa fase excelente, com várias vitórias seguidas. E, mesmo assim, deve-se ter um objetivo bem concreto para o que fazer com o dinheiro ganho: por exemplo, uma retirada para comprar um computador novo ou o resgate total para o encerramento de uma temporada de apostas.

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