segunda-feira, 12 de março de 2012

Taxas cobradas pelas corretoras no Tesouro Direto

Todo mês o site do Tesouro Direto atualiza as informações concernentes à cobrança de taxas pelas corretoras e bancos que operam os títulos. Acompanho há mais de dois anos e não vejo mudança significativa nas taxas cobradas. É engraçado ver como coexistem taxas tão diferentes.
Somente seis entidades não cobram taxa: Daycoval, Banif, Convenção, Socopa, Spinelli e Título. A grande maioria das corretoras cobra algo entre 0,2% e 0,5%.
Os dez maiores compradores são: BB (cobrando 0,5%), Banif (0,0%), Ágora (0,23%), Itaú (0,5%), Socopa (0,0%), Bradesco (0,5%), CEF (0,4%), HSBC (0,3%), Spinelli (0,0%) e Santander (0,4%).
Inúmeros estudos mostram que os investidores são preguiçosos e procrastinadores quando o custo de uma decisão é muito baixo no curto prazo, mesmo sendo alto no longo prazo. A tendência é a pessoa adiar o ajuste necessário. Isso explica, em grande parte, porque as pessoas aceitam pagar de 0,3% a 0,5% em seus bancos de varejo ao invés de emigrarem para uma corretora. Cobrar caro tem sido uma boa estratégia para as grandes entidades no mercado financeiro.
Algumas corretoras, de certa forma, tentam usar a mesma saída: cobrar relativamente caro (mas deve ser mais barato do que os bancos), apostando que o investidor não vai trair sua fidelidade. É a aposta da Ágora, que tem sido bem sucedida. Sendo, possivelmente, a maior corretora do país em volume operado (faltam-nos dados mais precisos porque a BM&FBovespa não divulga novidades), leva o terceiro lugar no Tesouro Direto.
A boa notícia é que uma ampla gama de investidores é racional e está ciente dos custos no longo prazo das taxas de corretagem. Isso pode ser confirmado pela boa posição no ranking de agentes como a Banif, a Socopa e a Spinelli, e pela ausência de nomes como Ativa e a XP.

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