terça-feira, 6 de março de 2012

Salário de craques, salário de CEOs

Kenneth Rogoff discorreu sobre Jeremy Lin, o novo craque da NBA. Ele acha estranho que o público ache normal salários de craques, enquanto não aceita salários altos para os CEOs e financistas. Disse que a decisão de um CEO, em frações de segundo, tem fortes impactos, assim como de um astro. Até aí tudo bem.
Mas o público não é burro, Dr. Rogoff. Por mais malvado que seja um craque (Rogoff cita Zidane e nós poderíamos lembrar de nossos astros com metralhadoras e travestis), ele não é corrupto no jogo, não há como sê-lo. Há transparência total na ação de um craque. Basta ligar a televisão e assistir. Quem quiser avaliar se Neymar vale o que pesa basta assistir um jogo do Santos.
A vida no mundo dos negócios é muito diferente. Há imoralidades aos montes. Não há transparência qualquer, pelo contrário, a transparência é barrada por todos os lados. As decisões são obscuras. Os méritos são duvidosos e o que impera são as trocas de favores.

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